tag:blogger.com,1999:blog-67204093143146306322024-02-08T11:55:05.366+00:00joãomestreportugaljoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-75720547629880094162011-04-11T12:37:00.001+01:002011-04-11T13:02:02.466+01:00Assinalavam o feitio da ocidental praia lusitanaI<br />
Berrego com mau feitio<br />
Pelo feitio do pão<br />
<br />
II<br />
Berrego com mau feitio<br />
Pelo feitio do pão<br />
Das fábricas com trabalho a feitio <br />
E do feitio em repoiso nos campos<br />
<br />
III<br />
Berrego com mau feitio<br />
Pelo feitio do pão<br />
Onde pára o feitio do homem-estado<br />
Que por mares nunca antes navegados<br />
Assinalavam o feitio da ocidental praia lusitana <br />
<br />
IV<br />
Berrego com mau feitio<br />
Pelo feitio do pão<br />
Não há barões<br />
Nem armas<br />
Nem mares<br />
Há <br />
Desespero. desânimo. desalento pelo feitio do pão<br />
<br />
Inspirado – Os Lusíadas de Luís de Camões, Canto Ijoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-37909009036218403372011-02-06T17:18:00.005+00:002011-02-06T17:34:08.410+00:00Garimpeiro<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<br />
<div style="text-align: center;">Destreza na peneira</div><div style="text-align: center;">Mestre do olhar</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Agita a cupidez</div><div style="text-align: center;">Perlustra leiras </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Na água</div><div style="text-align: center;">Paira a vida</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Ora abutre</div><div style="text-align: center;">Ora primavera</div><BR><BR>joãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-14411589351470597782010-09-23T22:48:00.001+01:002010-09-23T22:54:53.194+01:00Solidificação do BeloOs jardins a florir<br />
E a lua sempre a<br />
Nascer e morrer<br />
<br />
Ser ou não ser, eis a questão<br />
Talvez um estrangeirismo aformoseie:<br />
“to be, or not to be”<br />
Ou<br />
Uns e os outros <br />
“Les Uns et les autres”<br />
<br />
Adito apenas arte à estética<br />
O belo aos sentidos<br />
Mesmo que apenas conte cinco<br />
A emoção existe<br />
<br />
A morte;<br />
O nascer;<br />
A lua; <br />
Os jardins; <br />
<br />
Poderá ser:<br />
Bolero de Ravel <br />
Trauteando [meticulosamente]<br />
Imagens em pautas de músicajoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-29079547140862264192010-09-05T15:50:00.002+01:002010-09-05T15:57:42.740+01:00Ponto vernalAtapetam-se jardins<br />
De flores <br />
Colhem-se novas cores<br />
<br />
- É o ponto vernal <br />
<br />
Adossado<br />
Chalaceia o caminheiro<br />
Do inverno<br />
<br />
- O solstício ainda vem longe <br />
<br />
Solfejam alegria<br />
Andorinhas <br />
Em pomares de fartura<br />
<br />
Abrem-se:<br />
Janelas de esperançajoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-41382581541135636592010-08-28T17:38:00.001+01:002010-08-28T17:40:01.630+01:00MicroretratoCaptei <br />
O instantâneo do olhar<br />
Enorme<br />
Como os olhos<br />
<br />
Desfolhei<br />
A verdade desejada<br />
Na Mentira <br />
Sentida<br />
<br />
Abstruso<br />
Guardei:<br />
Microretrato<br />
<br />
Na dor do saber<br />
A verdade que coubejoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-77227744821011438412010-08-24T16:09:00.000+01:002010-08-24T16:09:49.601+01:00DesilusãoImplosão. <br />
A luz liquefez-se <br />
No momento<br />
<br />
Dissolvida <br />
A imagem:<br />
Deixou de ser<br />
<br />
Vivem agora:<br />
Em mim<br />
Lembrançasjoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-4440507023776223142010-08-19T17:22:00.002+01:002010-08-19T22:04:31.399+01:00Desabafo [em arrogância] verbalEu <span style="color: red;">escrevo</span>:<br />
logo <span style="color: red;">sou</span>, existo <br />
- <span style="color: red;">penso</span><br />
<br />
Tu não <span style="color: red;">escreves</span>:<br />
logo não <span style="color: red;">és</span>, não existes<br />
- nunca <span style="color: red;">pensas</span><br />
<br />
Ele não <span style="color: red;">escreve</span>:<br />
logo nunca <span style="color: red;">é</span>, nunca existe<br />
- nunca <span style="color: red;">pensa</span><br />
<br />
Nós <span style="color: red;">escrevemos</span>:<br />
obviamente <span style="color: red;">somos</span> [<em><span style="font-size: x-small;">estou cá EU</span></em>], existimos<br />
- <span style="color: red;">pensaremos</span> [<em><span style="font-size: x-small;">continuo por cá, EU</span></em>]<br />
<br />
Vós não <span style="color: red;">escreveis</span>:<br />
logo nunca <span style="color: red;">sois</span>, nunca existis <br />
- nunca <span style="color: red;">pensareis</span><br />
<br />
Eles nunca <span style="color: red;">escrevem</span>:<br />
logo nunca <span style="color: red;">são</span>, nunca existem<br />
- nunca <span style="color: red;">pensarão</span> <br />
<br />
Está no vosso olhar a melhor leitura, aquela que mais vos aprouver. <br />
<span style="color: red;">Eu letreio a caligrafia encarnada.</span>joãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-51777605987750156912010-08-17T21:59:00.001+01:002010-08-17T21:59:37.041+01:00HeurísticaApoiado no lamento<br />
Desalegro-me<br />
Atrido<br />
Desdobro uma noite<br />
Apenas minha.<br />
<br />
No céu: a Cassiopeia <br />
Retraça-me <br />
Inclemente <br />
Apela em chama<br />
À heurística. <br />
<br />
Interrogo-me entre:<br />
Deuses terrenos.<br />
\\<br />
Escuto-me entre:<br />
Giestas bravas.<br />
\\<br />
Digo-me entre: <br />
Pedras afiadas.<br />
\\<br />
Respondo-me entre: <br />
Teorias de evolução.<br />
<br />
Escancelados <br />
Os olhos<br />
Deslumbram uma rosa<br />
Na beleza:<br />
Os espinhos.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">Nota de autor: \\ - Pausa Longa</span>joãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-11517737036859663822010-08-13T17:00:00.000+01:002010-08-13T17:00:15.855+01:00AntenupcialA escrita é um encontro<br />
Antenupcial<br />
<br />
Saibam as ameixas florir <br />
E as metáforas parir<br />
Belas e monstrosjoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-64787351208131504982010-08-11T22:49:00.004+01:002010-08-11T22:50:51.848+01:001 - Encerebração [meu]As interrogações não são celibatárias. <br />
Bígamas, <br />
Colhem no seu leito a reflexão e o desespero.joãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-41431084297465018252010-08-10T18:54:00.000+01:002010-08-10T18:54:25.637+01:00DilúculoAcontecia suavemente<br />
O dilúculo.<br />
O cedro amoitava<br />
Um sol: límpido <br />
<br />
A gota, minúscula<br />
Da noite lavada<br />
Lembrava <br />
Todos os mares<br />
<br />
Deitada sobre o caule<br />
A flor<br />
Espreguiça<br />
Colhe a primeira vida<br />
<br />
À janela: o melrojoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-15871912592381527032010-08-09T23:18:00.000+01:002010-08-09T23:18:41.404+01:00Representar o pensamento por meio de caracteresA escrita:<br />
São encontros de palavras<br />
Ordenam-se por interesses<br />
Comunicacionais.<br />
<br />
Melieiro, o escrevente <br />
Exorna com:<br />
Traço<br />
Aprumo e labor.<br />
<br />
Uma panóplia de<br />
Enxertos requintados <br />
Esteticismo em apelo <br />
Ao regresso às artes<br />
<br />
Acaba a coluna em:<br />
Galanteios ao leitor<br />
Um apelo à paixão<br />
Eternajoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-26875367910869530142010-08-08T23:26:00.000+01:002010-08-08T23:26:11.259+01:00AlegoriaAs palavras aziumadas <br />
Usam samarra de cordeiro <br />
Propagam-se como vento<br />
Esmordaçam como lobosjoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-49300109382050073922010-08-08T15:16:00.000+01:002010-08-08T15:16:12.753+01:00SáfaraAtrás dos olhos<br />
Pendem leitos<br />
Outrora:<br />
Aletófilos e mui verdes <br />
<br />
Dissimulam agora:<br />
A sáfara<br />
<br />
Calmamente<br />
Cerra as pálpebras<br />
Para a existência<br />
<br />
Cai a última lágrima<br />
Mortajoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-39639070078246489132010-08-06T13:55:00.001+01:002010-08-06T13:55:30.286+01:00SímileRabisco <br />
Afolho as palavras<br />
Na armação do tempo<br />
O arval suspira<br />
Alinho as sementes ao sol<br />
Adubo-as com pequenos reparos<br />
Gulosas em minúsculas<br />
É hora do lusco-fusco<br />
Entrego-me ao sono<br />
Jornaleirojoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-43885813033059553082010-08-05T12:19:00.001+01:002010-08-05T12:19:45.328+01:00AclastoAtrás <br />
Dos desfrutáveis olhos<br />
Vadiavam memórias temporais<br />
Contristados<br />
Entressonham lágrimas<br />
Em:<br />
Bem-aventurançajoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-4521448345677736712010-08-03T21:10:00.001+01:002010-08-03T21:10:58.984+01:00Vocábulos dubitativosSempre que rabisco<br />
Crio retábulos <br />
Esculpidos em arte nobre do dizer<br />
<br />
Aos que me contabescem <br />
Deixo uma diaporese<br />
<br />
[nasce o silêncio em formato de<br />
interrogação]<br />
<br />
Onde acaba o homem<br />
E morre o escritorjoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-9555877620782915872010-08-02T16:46:00.000+01:002010-08-02T16:46:20.549+01:00TransumânciaDeslacei <br />
Que a inteireza é feita de inverdades<br />
O amor contracena com o desamor <br />
<br />
E até o afecto<br />
Fenecido<br />
Lamenta o tempo <br />
<br />
É a hora da transumância humana<br />
Sobejam ainda:<br />
Alguns frutos selvagens da primaverajoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-2665444004586107892010-07-31T19:10:00.000+01:002010-07-31T19:10:01.311+01:00shakespirianoMatei-me por amor<br />
<br />
Uma desgraça<br />
Nunca morre sójoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-48855464349702756812010-07-31T16:15:00.002+01:002010-07-31T16:15:49.518+01:00SuicídioO sonho estatelou-se<br />
Desgostoso <br />
Era mais pesado que o arjoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-65674188222461706322010-07-31T16:15:00.000+01:002010-07-31T16:15:06.232+01:00InfindoDas mãos<br />
<br />
Eclodiu com suavidade<br />
A ideia<br />
Acorrentada a um fio de azeite<br />
Cresceu <br />
Talvez imenso<br />
Deixou de ser apenas um substantivo comum<br />
Adjectivou-se com superioridade<br />
Excedeu as preposições <br />
<br />
Esgotada<br />
Tombou livrojoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-68991007092240096282010-07-31T16:13:00.001+01:002010-07-31T16:13:38.595+01:00MorteTudo amadurece<br />
Com sol <br />
Ou com chuva<br />
<br />
A vindima chegarájoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-76301869512389815482010-07-31T16:12:00.000+01:002010-07-31T16:12:52.833+01:00Marcas eternasApaixonei-me <br />
Numa rua que ainda existe<br />
O beijo <br />
Um ferrete para marcar tempo<br />
<br />
A janela:<br />
Ainda tem os meus olhos<br />
<br />
Cachoeirasjoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-21837321128117654582010-07-31T16:11:00.000+01:002010-07-31T16:11:07.679+01:00ViagemO tempo sorveu um corpo<br />
A concupiscência <br />
Que albergou a sensualidade <br />
É agora uma figura geométrica<br />
<br />
O varão <br />
Outrora, prazer<br />
Recumbiu-se <br />
Ao futurojoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6720409314314630632.post-28034204307951292442010-07-31T16:09:00.000+01:002010-08-05T13:48:54.733+01:00TempoSacudi a noite na primeira janela da manhã<br />
Restos de sonhos<br />
<br />
As orvalhadas… <br />
Já se fazem sentir<br />
<br />
E as noites outrora lúdicas<br />
Hoje, fadigosojoãomestreportugalhttp://www.blogger.com/profile/08919630813246574035noreply@blogger.com0